Uma dica que sempre damos aos nossos assessorados é que, enquanto candidato, além de se preparar bem para entrevistas de seleção, é preciso usar de empatia com o entrevistador.
Pesquisar sobre o perfil de quem vai entrevistá-lo no LinkedIn, ajuda, mas a preparação não se resume em obter informações do entrevistador. “Empatizar” significa saber colocar-se no lugar do outro, compreender o ponto de vista dele; é “capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias.”
Colaborando com a missão do outro
O entrevistador é alguém com uma missão difícil: precisa encontrar a pessoa certa para suprir uma necessidade da área. Se errar, terá gasto tempo, dinheiro, terá causado problemas para a pessoa contratada e para a organização e terminará com a reputação arranhada por ter feito uma avaliação ruim.
É por isso que muitas vezes as contratações são colegiadas. Os processos podem até se tornar mais demorados, porque os candidatos são entrevistados por várias pessoas, até que a decisão seja tomada. É compreensível, porque decidir sob avaliação de um grupo é uma forma de minimizar os riscos de uma contratação equivocada.
Ser empático, portanto, é compreender essa dificuldade e ter a intenção de ajudar o entrevistador a cumprir bem sua missão.
Cumprindo a própria missão
E embora o candidato sofra algum desgaste com tantas entrevistas, é bom para ele que o processo seja criterioso. Com o passar das entrevistas o candidato vai percebendo melhor a empresa, o desafio, as condições e as pessoas com quem vai trabalhar e isto contribuiu com sua decisão de aceitar ou não a oportunidade, quando for aprovado.
Em alguns casos o entrevistador não sabe conduzir bem a entrevista, faz perguntas desnecessárias ou até se comporta de modo arrogante. É importante não se fixar no desempenho do entrevistador, mas na sua capacidade de cumprir adequadamente o seu papel de candidato: manter sua intenção em foco, observar o ambiente, as pessoas, as circunstâncias da entrevista, sem se deixar afetar pelo que não agrega à sua causa e contribuir para que a reunião tenha o melhor resultado para ambas as partes.
Por outro lado, a reunião pode ser muito agradável, com um entrevistador simpático e atencioso. Mesmo assim, não se deve perder de vista o objetivo da entrevista. Assuntos amenos ajudam na descontração mas não devem se estender por tempo demais. O entrevistador tem que conhecer a experiência do candidato e este deve se manter consciente e facilitar esse intento.
A forma mais produtiva de do candidato participar de entrevistas é entender que o seu papel ali é demonstrar como suas competências podem ser úteis para resolver as necessidades da empresa contratante. Para isso, deve tratar o entrevistador como “futuro cliente”, oferecer a melhor visão da sua experiência e deixar a melhor impressão. Essa é a sua missão.
Veja também:
Entrevistas de seleção 2 – Como relatar sua experiência. – % (eleggererh.com.br)
Entrevista de seleção 3 – O candidato pode ter um papel ativo – Eleggere (eleggererh.com.br)